Escrito por: Jader Oliveira.
Guarulhos, 03 de Outubro de 2022.
Fonte: Imagens da Internet.
Em nosso dia-a-dia estamos expostos a diversos riscos que entre eles estão os barulhos, ruídos e sons. Os ruídos e sons podem ser gerados por máquinas, carros, buzinas, equipamentos etc; e independe do local que esteja. Normalmente o local que mais apresenta riscos provenientes de ruído contínuo é nosso ambiente de trabalho, e este risco excessivo pode causar a perda da audição irreversível (PAIR).
Sabendo que estamos expostos a estes riscos, precisamos antes de tudo saber diferenciar o que é um som e o que é um ruído:
Som é toda e qualquer vibração que se propaga pelo ar em forma de ondas e que é percebida pelo ouvido humano, ou seja, é toda vibração agradável e confortável;
O ruído se caracteriza pela vibração de alta intensidade, que irrita ou perturba nossas moléculas e nosso corpo.
A frequência de um som ou ruído é medida em Hertz (Hz), que é a quantidade de ondas propagada no tempo de 1 segundo; Baixa frequência =Graves/Alta frequência= Agudos;
A intensidade é medida em decibéis (dB), que é a força ou pressão que o som exerce em nossas orelhas.
Sabendo destes riscos a NR 15 anexo I estabeleceu uma tabela com os limites de tolerância para ruído continuo e intermitente. Sendo para uma jornada de trabalho de 8 horas o colaborador não poderá ser exposto a nível acima de 85 decibéis.
A exposição a níveis altos de ruídos geram muitos problemas que são: Acidentes, zumbido, estreitamento de vasos, problemas de comunicação, baixa concentração e rendimento, estresse e a PAIR.
O PCA (programa de controle auditivo) é um conjunto de ações que preservam a integridade auditiva do trabalhador exposto a níveis nocivos de ruído. Esta iniciativa tem caráter continuo e incluem-se medidas de proteção que podem ser de forma coletiva, individual e exames de monitoramento.
Quando é necessário elaborar o PCA?
O PCA deve ser elaborado sempre que for identificado ruído acima dos níveis de ação no ambiente de trabalho que pode ser verificado através de audiometria.
Como se proteger do ruído?
Após a realização de analise audiometrica, devemos realizar a atenuação do ruído que pode ser feita através de medidas coletivas ou individuais através de EPI.
Como selecionar o melhor EPI?
Existem vários modelos de protetor auricular no mercado e a sua seleção deverá ser baseada na relação entre o nível de ruído exposto x nível de atenuação do protetor. Por ex: Em determinado local de trabalho o nível de ruído está em 105 decibéis, sabendo que para uma jornada de 08 horas devemos estar exposto a no máximo 85 dB, devemos utilizar uma protetor/abafador com nível de atenuação de no mínimo 20 decibéis.
105 dB de ruído – 20 dB de atenuação do protetor= 85 dB de exposição.
No mercado nacional possuímos vários modelos de protetor auricular e abafador que são eles: protetor intra-articular, abafador tipo concha/arco, abafador concha/nucal e também os modelos para uso conjugado ao capacete.
Lembrando que para a escolha do melhor protetor, deve ser levado em conta o nível de atenuação, vedação, compatibilidade com outros EPIs, facilidade na utilização e conforto.
Posso utilizar um abafador p/ capacete de uma marca e o capacete de outra?
É bastante comum este tipo pergunta, porém a resposta é não, o capacete e o abafador deverão ser conjugados e a informação contida no C.A.
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